terça-feira, 5 de abril de 2011

O ESFÍNCTER

Do grego: sphigkter, que quer dizer músculo contrátil, que serve para apertar ou alargar vários ductos naturais do corpo. No caso do esfícter anal cujo conjunto é formado da extremidade do reto, no vulgar tem denominação horrorosa e sempre usado em tom pejorativo ou ofensivo, especialmente entre os latinos.  Mas temos que admitir que o tal de ...U é de tamanha importância que sua determinação autoritária, fez sentar caladinhos, o Napoleão, Hitler, Stalin, Franco, a Dama de ferro, os “caubóis” mais famosos, os bandidos e etc, em submissão total. Caladoooosss! Todos, absolutamente todos nós, nos borramos, diante de sua determinação. Ai!... Se quisermos enfrentá-lo! Podemos estar no mais saboroso e elegante jantar, podemos estar na melhor companhia do mundo, podemos estar no melhor dos sonos, que se ele der um pio obedeceremos com toda a submissão!  Mas sempre usamos a tão déspota e imponente autoridade, como desqualificação, ou ofensa. Se dissermos: a prefeitura é um ...U, ainda mais se for maiúsculo, é o que podemos dizer de mais reles, de mais chulo, de mais desastroso possível, nada supera ao tão feio dessa expressão. Se quisermos ofender pelos extremos e testar a que ponto o ofendido é capaz de defender a sua honra, é só dizer-lhe: é o ...u da mãe!!! Aí o barraco está formado e não tem “puliça” que dê jeito.
Mas eu queria na verdade dizer, que ele tem funções fisiológicas das mais importantes do organismo: a liberação das nossas excrescências. Ninguém suportaria, não fosse o importante trabalho dessa máquina! E é uma senhora máquina. É uma maquineta com garantia para mais de setenta anos vem com “ISO 14 mil”. E sabem quantas vezes ele entrou em ação nesses setenta anos? Já que não sabem vamos lá: 365x70x2=51.100 vezes. É! Cinqüenta e um mil e cem vezes entrou em ação para dizer: é agora valente!!! E nós só no “sinsenhor”, nos borramos submissamente e atendemos com satisfação de atender, como súditos exemplares!
Com tanta importância do malando, eu não consigo entender porque o temos como tão horroroso, tão baixo nível, portador de todos os tabus que se possa imaginar, é o próprio nojento, educamos a criança desde os primeiros passos a não se falar nisso e manter o assunto extremamente discreto. Enfim, tudo é feio, não o refrescamos nem pela importância que tem e, se for dos outros, ainda colocamos pimenta em nome do refresco! Toma jeito bicho homem!!!
Que coisa humana!!!
Pitosto Fighe

( NOVEMBRO 2007 )

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