terça-feira, 5 de abril de 2011

O CASAMENTO

O casamento é como casa de praia e lancha, no “pop” tem duas alegrias: uma quando se compra outra quando se vende, porque nesse período intermediário só deram dor de cabeça. O meu casamento tinha que ser diferente, por isso deu uma alegria e uma tristeza! Me casei sob o calor da paixão do viver juntinho, durou mais de década e gostava muito da “Mardita”. A “Mardita” era minha paixão, mas tinha um defeito que me levava a loucura! Enquanto eu a comia pelo todo, ela me “comia pelas beiradas”. Pois é! Ela gastava mais que Jackeline Onassis! Comprava tudo o que via, ou imaginava ter visto. Um dia ela viu na internet um supérfluo que seria lançado em 2014, pasmem, ela comprou! Num loteamento lunar com construção de um shopping participativo, ela queria fazer parte com uma cota. Passou por uma casa que vendia ração de cachorro e viu uma ninhada de vira-latinhas engraçadinhos, comprou a ninhada. E onde os colocou? Em cima da cama! E eu fui para o chão! Situação de cão, eu já não a comia mais e ela continuava me comendo pelas beiradas! Já estava numa situação pior que um Prefeito em CPI, com seu malfadado estafe! Aquilo que era mulher... de contra-cheque! E quando o bolso fura, o dim dim escapa e a encrenca chega pelo furo.

No fritar da gordura já rançosa, mas por ainda não estar às raias do não diálogo, sempre tive a esperança de reverter o quadro e evitar os costumeiros barracos que podem advir do ranço. E...fui levando, me convencendo de certa forma que quem inventou o casamento estava no mínimo de porre, mas na esperança de quando comprasse tudo o que havia à venda no planeta, por não haver mais ofertas, não teria como continuar a me comer pelas beiradas e aí daria para tirar o canil da minha cama e voltar aos bons tempos de “comei-vos um ao outro”! Oorra meu!!! A esperança foi a primeira a morrer!
Um dia chegando em casa, com o “tutano pensante” cheio de fantasias e crente que iria reverter o quadro, deparei com a seguinte cena: meus pertences pessoais fora da casa, um oficial de justiça com cara de mau na porta, a Mardita com cara feliz e eu com cara de babaca diante da deplorável cena e ainda não entendendo o que se passava! Para este babaca começar a entender, o oficial de justiça disse: “esta não é mais a sua praia, você está expulso daqui por ordem judicial. Suas coisas estão aí e pode ir deitar na areia de outra praia”. Desmoronei! Como costumava dizer o Palma – foi catastrófico!!! E bota catastrófico nisso! Pois é! A “Mardita” descobriu que era só ir ao juiz e contar uma historinha como se fosse insucesso nas compras, que o juiz colocava o babaca na rua! E foi! Eu muito babaca sempre acreditei que a lei era igual para todos, mas não é, estou na sarjeta até hoje e sem direito a réplica ou tréplica, só me sobrou um indecente nabo na história, e P.F. sifu Você já viu nabo, não é? Então case e veja!

Pitosto Fighe

( DEZEMBRO DE 2007 )

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